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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

SOARES DE SOUSA JÚNIOR

 

 

Antonio José Soares de Sousa Júnior  nasceu em Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, Brasil, a 7 de abril de 1851.
Colaborou em A República e A Semana, de Valentim Magalhães.
Morreu no Rio de Janeiro, a 5 de fevereiro de 1893.
Elói Pontes, em A vida exuberante de Olavo Bilac, lembra que foi poeta de nome em seu tempo, embora tenha sido esquecido.

 

 

 

MAIO DE 1888:  Poesia distribuídas ao povo, no Rio de Janeiro, em comemoração à Lei de 13 de maio de 1888 / Edição, apresentação e notas de José Américo Miranda:        pesquisa realizada por Thais Velloso Cougo Pimentel, Regina Helena Alves da Silva, Luis D. H. Arnauto.  Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1999.   220 p.  (Coleção Afrânio Peixoto, 45 )
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

A seguir, pungentes poemas sobre a Escravidão e emocionantes
outros sobre a Abolição da Escravatura.

 

 

 

ONTEM, HOJE, AMANHÃ

Ontem, hoje e amanhã! Aos gritos de vitória.
Leiamos do Brasil, completa, inteira história.
Na síntese em que fulge a aurora mais louçã.
Ontem, hoje, amanhã!

O ergástulo, a miséria, a infâmia tenebrosa,
O tronco imundo e vil, a noite pavorosa,
A tétrica senzala, os gritos do senhor,
E o látego vibrante e pronto do feitor!
Torturas de hora a hora, a angústia flagelante,
E nem uma esperança!... A treva! o horror cruciante!
.........................................................................

        A carne retalhada às vibrações do açoite,
Que conte a história negra, a história dessa noite
Erma, triste, sem fim, sem risos, sem aurora,
Cárcere de uma dor que eternamente chora!

Súbito irrompe a luz, e tanta, e tanta luz,
Que em chamas vai cantar nos braços dessa cruz
Onde em ânsia gemia a raça escravizada,
As divinas canções de intérmina alvorada!
Sucede ao pranto o riso; à fúnebre agonia
As doidas explosões de lúcida alegria!
O Lázaro ressurge! É findo o sofrimento!
Três séculos de dor resgatam-se em um momento!

Amanhã! amanhã! A paz e o santo amor,
Que dão irradiações às festas do labor!
Em vez do vil chicote, a febre do trabalho
Movimentando a enxada e impulsionando o malho!
Eis o milagre feito! Santelmo do progresso,
O sol da liberdade esplende em céu de anil,
À Glória conduzindo o pátrio meu Brasil!

Eis em síntese feita a esplêndida Odisséia!
Em toda história, enfim, que relampeja à ideia,
Na frase que traduz a aurora mais louça?
Ontem, hoje, amanhã!


                GAZETA DE NOTÍCIAS

AO GLORIOSO
13 DE MAIO


É um Minotauro a História!
No ventre seu, que é como infindo abismo!
Recolhe reis, nações, o patriotismo.
A grandeza, a miséria, a infâmia e a glória!

Tudo ali se amontoa.
E se amalgama em confusão brutal!
Guerras, crimes, traições, o bem e o mal,
Nero que mata e Cristo que perdoa!

Há sombrios horrores,
O tétrico pavor que nos fulmina.
E a majestade ingente que fascina,
Do santo amor em místicos fulgores!

Pois bem, História, pára!
Vê deste povo em júbilo, a expansão,
A fazer, na mais lúcida explosão,
Entre as festas dos povos, festa rara!

E agora, entre tesouros
Das projeções do amor, etéreo raio,
História, guarda o sol — 13 DE MAIO
Que irá dar luz aos séculos vindouros!

 

 

 

*     

 

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Página publicada em fevereiro de 2021

 

 

 
 
 
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